terça-feira, 18 de agosto de 2009

O valor da experiência


Ao redigirem a Constituição dos Estados Unidos, em 1787, os pais da pátria não previam a existência de partidos. Um dos arranjos institucionais propostos foi o colégio eleitoral, justamente para preservar a república nascente das facções políticas. Mas, no início do século 19, os partidos surgiram como decorrência natural de um marco democrático: já não era preciso ser dono de terras para votar. Os partidos passaram a agrupar a nova massa de eleitores em dois grupos com os mesmos valores: a separação e o equilíbrio dos poderes, o federalismo e o liberalismo econômico. Não por acaso, Thomas Jefferson (1801-1809) passou para a história como um presidente democrata-republicano. Ainda hoje, tanto republicanos quanto democratas sustentam-se na origem federalista. Com o sarcasmo que é sua marca registrada, o escritor Gore Vidal já chegou a dizer que impera nos EUA o “Partido do Dinheiro”, dividido em duas alas.

Consolidou-se, ao longo do tempo, a noção de que os republicanos estão mais à direita e os democratas mais à esquerda. Mas inúmeras são as evidências a desmentir essa polarização. Como exemplo, cito a vigorosa oposição de John F. Kennedy aos direitos civis. O fato é que os dois partidos fundamentam-se na liberdade do povo, inscrita na Constituição americana, e na crença de que é ela a fonte de poder do governo.


nome:franciel souza da silva

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